Universidade Federal do Rio Grande do Sul – E.E. Hilário Ribeiro – Porto Alegre/RS

Título:  Bacia-escola: Ferramenta para compreensão de solo e água.
Objetivos:  O projeto tem o objetivo geral de divulgar o conceito de bacias-escolas na comunidade de ensino básico e informar as funções de solo e água no ecossistema, em nível de bacias hidrográficas, bem como suas importâncias para o desenvolvimento sustentável. Os objetivos específicos do projeto são produzir materiais didáticos (apostilas, cartilhas e vídeos) sobre solo-água no ecossistema e realizar ações para professores de ensino básico, com o intuito de divulgar o conceito de bacias-escolas, e nas comunidades locais por meio de reuniões e seminários.
Público envolvido:  Em 2018, a escola possuía 80 estudantes matriculados entre o 7ºano do Ensino Fundamental ao 3º anos do Ensino Médio. No primeiro encontro, participaram da atividade 63 estudantes – 35 estudantes do ensino fundamental (7º ao 9º ano) e 28 estudantes do ensino médio. Já no segundo encontro, em decorrência de ser o último dia do ano letivo, ocorreu uma redução do público, totalizando 36 estudantes – 31 do ensino fundamental (7º ao 9º ano) e cinco estudantes do ensino médio.
Atividades realizadas:  Antes de encontrar os alunos, foram elaboradas maquetes capazes de representar fenômenos hidrológicos e hidrossedimentológicos. Utilizando utensílios domésticos e materiais reutilizáveis (leiteira, ebulidor elétrico, forma de bolo, garrafa PET e madeira) foi exemplificado o ciclo hidrológico. Acondicionou-se água dentro de um recipiente (leiteira). Uma fonte de calor (ebulidor elétrico) aqueceu o líquido, o qual evaporou e entrou em contato com a superfície da forma que armazenava o gelo. Dessa forma, a água condensou e suas gotículas escorreram pela superfície, por fim, caindo na calha (garrafa PET). Também foi feita uma maquete com materiais reutilizáveis para representar uma encosta. Foi feita uma estrutura de madeira com declividade variável com base de isopor no trecho inclinado e acima foi colocado o solo. O isopor representaria a base rochosa e o solo, o manto intemperizado. O escorregamento e os demais processos erosivos foram de§agrados pela adição de água com regador, simulando a precipitação. A proposta era representar o movimento de massa em uma encosta com e sem vegetação. Assim, também foram utilizados gravetos sobre o solo para representar a vegetação. Já no ambiente escolar foram efetuadas duas visitas. Na primeira visita foi feita uma aproximação inicial entre os membros do grupo de pesquisa (Grupo de Pesquisa em Desastres Naturais – GPDEN da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS) com
os estudantes, possibilitando a troca de conhecimentos. Os integrantes do GPDEN tiveram a oportunidade de uma aproximação à realidade da comunidade local. Assim como, foi contextualizado o ambiente universitário para os estudantes da escola. Após essa primeira aproximação, foi realizada a aplicação do questionário para identificar o conhecimento
prévio dos estudantes sobre os conceitos relacionados aos tópicos definidos previamente. Os tópicos abordados tanto na primeira visita quanto na segunda foram: i) hidrologia, ii) desastres naturais, iii) bacia hidrográfica, iv) uso e ocupação do solo, v) local de ocorrência, utilização e fins da água e vi) ciclo da água. Além disso, na segunda visita foram incluídos os assuntos: vii) erosão, viii) relação erosão-ciclo hidrológico e ix) a importância da vegetação para diminuição de problemas de erosão e escorregamento. Já no segundo encontro foi realizada a exposição dos tópicos previamente definidos, utilizando metodologias expositivas dialogadas. Nesse encontro foram realizadas as demonstrações nas maquetes. Posteriormente as atividades, foi aplicado o questionário referente os tópicos explanados.

Resultados:

– A confecção de maquetes para a representação do ciclo hidrológico e dos movimentos de massa.
– A aplicação de questionários entre os dois encontros possibilitou identificar que a atividade contribuiu para ampliar o entendimento da conservação dos recursos hídricos e a redução de riscos de desastres naturais. Entretanto, identifica-se que os estudantes não foram capazes de explicar os conceitos e relacionar com seu cotidiano.
– Artigo intitulado “Ensino de hidrologia em escolas: estudo de caso no município de Maquiné/RS” aceito para o XXIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos.

 

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