Título: Água sem fronteiras: Vida e sustento da humanidade.
Objetivos: Objetivo geral: Ampliar o conhecimento dos estudantes sobre a importância da água para preservação desse recurso natural, visando assegurar a disponibilidade de água no planeta.
Objetivos específicos:
– Reconhecer a importância da água em nossa vida.
– Identificar os aspectos úteis e prejudiciais da água à saúde humana.
– Sensibilizar os alunos para a utilização adequada da água.
– Identificar os problemas ambientais e o uso e a ocupação dos igarapés.
– Investigar o papel dos igarapés no ambiente urbano.
Público envolvido: Quarenta e dois estudantes do ensino fundamental (6º ano), entre 11 e 12 anos, da Escola Estadual de Tempo Integral Leonor Santiago Mourão
Atividades realizadas: Dispondo de materiais didáticos e com o auxílio do data-show, realizou-se no primeiro momento a apresentação do projeto, destacando de um modo geral, a importância da troca de informações entre os estudantes para que os mesmos possam mudar sua atitude em relação ao uso da água e transmitir as informações obtidas para o restante da família e a comunidade.
O projeto de extensão foi desenvolvido através de oficinas semanais, com duração de 1 ou 2 horas, de acordo com a disponibilidade da escola, e de dinâmicas de grupo. A cada semana foi abordado um tema específico, através de exposição oral utilizando slides. Fazendo leituras de textos informativos que abordem a importância da água na vida do ser humano, bem como, informações sobre a situação da água no planeta, abrangendo questões como a escassez, a poluição, desastres ecológicos e os aspectos sociais envolvidos.
A música Planeta Água, de Guilherme Arantes, serviu como complemento às metodologias, para levantar uma reflexão e discussão sobre a problemática da água na atualidade. Em um segundo momento, orientamos os alunos a fazerem um desenho a partir das palavras água e igarapé (termo regional para pequeno curso d´água), e posteriormente a escreverem uma redação sobre o desenho. A partir dos desenhos passamos a identificar e interpretar as estruturas espaciais e
ambientais que os constituíam, ou seja, quais os padrões experienciados na relação aluno/igarapé. Ou seja, o igarapé é visto e experienciado não como um elemento ambiental, mas como um sistema de relações entre o estudante e seu entorno e o cotidiano urbano, tomando por base que o mundo visual é uma abstração irreal.
Em outro momento, apresentamos a “História de uma gotinha de água” e enfatizamos as diversas formas de poluição da água. Diante disto, resgatamos os conhecimentos e informações já adquiridos. Posteriormente, os estudantes foram organizados em grupos de três para elaborarem uma redação sobre a água, levando em conta suas vivências no bairro onde moram, em suas casas, e suas expectativas em relação a este recurso.
Na oficina seguinte, passamos um “desafio” para pesquisa: Você sabia que um copo de água quente congela primeiro que um de água fria!? Por quê? Experimente…E depois nos conte!!!
No próximo encontro pedimos que se imaginassem como uma gotinha de chuva ou neve, e que, em equipe, elaborassem o percurso, onde deveriam relatar o percurso que fizeram no ciclo da água. Utilizamos cartazes pré-elaborados, onde coloram suas gotinhas, representando o clico da água. Apresentamos o vídeo educativo Criação do mundo em um copo d’água, criativa animação ao som de “We Will Rock You”, cantado por crianças, para lembrar a importância da água.
Foram realizadas as seguintes visitas guiadas: na estação de captação e tratamento da empresa Águas do Amazonas, onde os estudantes conheceram as dependências e o processo de tratamento de água da cidade de Manaus; no parque temático Senador Jefferson Péres e PROSAMIM II, onde os estudantes observaram a qualidade da água e do ambiente dos Igarapés Manaus e Bittencourt, e na Bacia Educandos/Quarenta, respectivamente.
Foi aplicada a metodologia da percepção ambiental, com atividades multidisciplinares (através de recursos multimídia, materiais pedagógicos e vivências envolvendo os sentidos da percepção) promovendo reflexões e uma leitura crítica da realidade dos igarapés da cidade de Manaus. Distribuímos para os estudantes os picolés de água potável, ideia do artista plástico Cildo Meireles, numa alusão à escassez e desperdício de água no mundo. O objetivo foi sensibilizar os alunos sobre o desaparecimento da água potável no mundo. A oficina de origami, também, foi realizada. Nesta oficina, os estudantes aprenderam a transformar pedaços de papel colorido em forma de peixe. A partir do modelo do peixe, eles criaram outras formas. Para finalizar, realizamos o Aniversário da Água, com bolo e água mineral. A avaliação e
socialização dos resultados foram feitas através de uma apresentação pelos estudantes da dramatização O ciclo da água, e da exposição, no mural da escola, de fotos digitais do trabalho.
Resultados: Este projeto consistiu em levar, aos alunos, informações necessárias, para que possam multiplicar conceitos e práticas, sobre o uso racional da água, visto que a qualidade da água representa um indicador dos impactos antrópicos no espaço urbano, além de que habitamos na maior bacia hidrográfica do planeta, a bacia amazônica. Este objetivo foi de encontro ao tema transversal sobre meio ambiente proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN/MEC), o qual afirma que “a perspectiva ambiental deve remeter os alunos à reflexão sobre os problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a do planeta” (1998, p. 189). O projeto mostrou-se adequado a faixa etária e a série escolar, bem como as abordagens e atividades desenvolvidas obtiveram êxito esperado. No entanto, o projeto não poderia ter tido excelente resultado se não fosse o trabalho de equipe dos extensionistas, da vicecoordenadora do projeto, professora Adorea Albuquerque, e da professora das turmas. As atividades foram realizadas três vezes por semana, preferencialmente na terça, quinta e sexta-feira, a partir das 13:00 horas, nas salas de aula da escola. Diante das atividades desenvolvidas promovemos o reconhecimento, por parte dos estudantes da importância da água em nossa vida, onde os mesmos identificaram os aspectos úteis e prejudiciais da água à saúde humana. Sensibilizamos os estudantes para a utilização adequada da água, levantando dados referentes às doenças de veiculação hídrica. Os estudantes perceberam o papel da água no ambiente, através da dramatização e do picolé de água.
Outras informações: O Projeto “Água sem fronteiras: Vida e sustento da humanidade” foi realizado com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Interiorização da Universidade Federal do Amazonas, pelo Programa Atividade Curricular de Extensão (ACE), através do Departamento de Geografia. O projeto encontra-se na segunda edição, foi desenvolvido em escolas públicas diferentes. Pretende-se em 2020 desenvolver a extensão no ensino médio.