Título: Um olhar sobre o Igarapé Patauateua no município de São Miguel do Guamá – Pará.
Objetivos: –Levar os alunos do 4º ano da escola de ensino fundamental da escola Ney Rodrigues Peixoto a conhecerem o igarapé Patauteua e os impactos ambientais por quais ele vem sendo atingido nos últimos anos; – Mostrar para os alunos os riscos implicados nos desastres relacionados às fortes chuvas, como enchentes e inundações; -Sensibilizar os alunos em especial aos que moram as proximidades do igarapé para que não joguem lixo e nem degradem, conscientizando-os da importância deste manancial para toda a sociedade guamaense; -Socializar com todos os alunos da escola de ensino Fundamental Ney rodrigues Peixoto os resultados desta pesquisa de campo.
Público envolvido: 30 alunos do 4º ano do ensino fundamental.
Atividades realizadas: O município de São Miguel do Guamá situa-se no Estado do Pará nas margens do rio Guamá de oeste para leste. Segundo o censo do IBGE em 2010 a população do município é de 51.567 habitantes. Pertence a zona Guajarina, abrangendo uma área de 1.341 km². Limita-se ao norte com Santa Maria do Pará e Bonito, a leste com Ourém, ao sul com São Domingos do Capim e Irituia e a oeste com Inhangapi. Dista da capital do estado do Pará, Belém em 143 km. Posiciona-se entre as coordenadas geográficas 1º42’e10’’ latitude sul e 47º23’20’’ de latitude W.G.R. Nos últimos anos a cidade desenvolveu-se rapidamente houve devastação de extensas áreas de cobertura dos centros urbanos e consequentemente a vegetação foi reduzida comprometendo os cursos fluviais. A preservação de nossos recursos naturais tem sido um grande desafio para a sociedade atual por conta dos graves problemas de poluição que ocorrem nos recursos hídricos, principalmente em igarapés, e esta situação é agravada cotidianamente pelo crescimento populacional de forma desordenada. Como consequência deste crescimento vem ocorrendo as invasões em Áreas de Preservação Permanente – APP, sem o devido atendimento e respeito à legislação ambiental vigente. E com isso, a cada dia, a qualidade e quantidade de igarapés têm diminuído, muitos já foram canalizados e outros estão sendo poluídos e contaminados.Um outro problema sério são os alagamentos provocados pelos entupimentos dos bueiros e assoreamento desse manancial, acarretando risco de desastres para os moradores que moram em suas proximidades. A elaboração desse projeto se deu justamente para que meus alunos pudessem conhecer esta realidade, uma vez que o igarapé Patauateua fica próximos a Escola de ensino Fundamental Ney Peixoto onde estes estudam. No primeiro momento a professora Lindalva Fernandes reuniu os professores da nossa escola e a gestão e nos falou da campanha, nos mostrando os vídeos
disponibilizados no site do Cemaden educação. Em seguida elaborei o projeto através porque achei interessante o tema, lembrei logo do igarapé. Patauateua que fica próximo da escola. Conversei com meus alunos mostrando a importância de realizarmos este projeto e marcamos uma visita ao igarapé. Os alunos ficaram impressionados com a situação critica do igarapé , disseram que apesar de passarem por lá todos os dias , não tinham parado para refletir sobre os graves problemas por quais vem passando, bem como os riscos de alagamentos em especial no período do inverno. Foram feitos registros fotográficos . Ao chegarmos na sala de aula pedi que eles descrevessem o que viram através de desenhos.
Resultados: Gostei muito de realizar este projeto com meus alunos, porque percebi que eles se interessaram bastante sobre o tema e ficaram bastante preocupados com a situação do igarapé e isto ficou claro através da roda de conversa e dos desenhos que eles fizeram ao voltar para a sala de aula.
Outras informações: Outra problemática presente nas proximidades do Igarapé Patauateua é a existência de um lixão. De acordo com Mesquita e Souza (2015) este lixão está localizado há alguns metros do leito do manancial e mesmo afastado do igarapé (Figura 5), o lixão pode contaminar o curso d’água e poços de abastecimento através do chorume, um liquido escuro, composto por matéria orgânica e produtos tóxicos, que pode alcançar os lençóis aquíferos subterrâneos, tornando a água da região imprópria para uso. A disposição inadequada de resíduos sólidos em fundos de vale, às margens de ruas ou cursos d’água podem originar impactos ambientais negativos. Tais práticas habituais podem provocar, entre outras coisas, contaminação de corpos d’água, assoreamento, enchentes, proliferação de vetores transmissores de doenças, tais como cães, gatos, ratos, baratas, moscas, vermes, entre outros. Além de contribuir para a poluição visual, mau cheiro e contaminação do ambiente (MUCELIN; BELLINI, 2008). Temos a intenção de darmos continuidade neste projeto no ano de 2020, a ideia é plantarmos mudas nativas como buriti e açaí para recuperar a mata ciliar e fazermos uma campanha de sensibilização na escola em especial para tentarmos diminuir a quantidade de lixo que são jogados de forma inadequada neste manancial.
E.E.F. Coronel l Ney Rodrigues Peixoto – São Miguel do Guamá/PA
- Escola Básica Professora Úrsula Kroeger – Indaial/SC
- E.E. Maria Izabel Fontoura – Cachoeira Paulista/SP