Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ

Título: Projetos Espaço Fluir e Molipdec – “Juntos somos mais fortes”.

Objetivo Geral

O ESPAÇO FLUIR é um projeto de extensão universitária da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) cujo objetivo é possibilitar e estimular o diálogo, a reflexão e a construção de conhecimentos sobre o tema Redução do Risco de Desastres (RRD) associados a movimentos de massa, inundações, alagamentos, dentre outras ameaças, em comunidade escolar na zona Norte do Rio de Janeiro, por meio da mobilização e colaboração de alunos e ex-alunos da UFRJ, especialistas, instituições que atuam na redução dos riscos e desastres e sociedade civil na concepção, planejamento e elaboração de atividades e instrumentos pedagógicos, na instalação de espaços lúdicos e na aplicação de oficinas.

Objetivo Específico

Possibilitar e estimular a aproximação entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a comunidade escolar da Escola Municipal Tagore (EMT), a comunidade escolar do IFF Maricá e membros de Instituições públicas e privadas que atuem e/ou tenham interesse na área de Educação para Redução dos Riscos e Desastres (ERRD) socioambientais (como SEPDEC Maricá, SUBPDEC Rio, COR Rio, UFF, IME, IFF e CPRM).

Estimular a formação de cidadãos críticos, com conhecimentos suficientes para atuação na realidade física e social, contribuindo para a cultura de redução de riscos de desastres em tempos de mudanças climáticas.

Aumentar a percepção dos riscos, em especial nas áreas mais suscetíveis e conceber e desenvolver ações educativas que envolvam o conhecimento das causas e efeitos dos eventos extremos.

Estabelecer estratégia de difusão das práticas consideradas adequadas, possibilitando que os envolvidos se tornem agentes multiplicadores dos conhecimentos em suas casas, comunidades e locais de trabalho, visando à promoção de mudanças comportamentais que ajudarão na Redução dos Riscos e Desastres (RRD) – (e também na inclusão, igualdade de gênero, resiliência e sustentabilidade).

 Público

  1. a) Escola Municipal Tagore (EMT)
  2. b) Escola Municipal Tagore (EMT)

Vale ressaltar que a Escola Municipal Tagore (EMT) situa-se no bairro da Abolição, zona Norte do Rio de Janeiro, região próxima a comunidades de baixa renda localizadas em áreas de com histórico de desastres associados a movimentos de massa, como, por exemplo, o Morro do Urubu que em 2010 teve 10 imóveis demolidos e 300 interditados, além de remoção dos moradores, em função de danos nas edificações por movimentação excessiva do solo. Além disso, a principal rua de acesso à escola sofre com alagamentos constantes.

Atividades realizadas

Já os módulos listados a seguir foram executados de agosto de 2018 a novembro 2019:

(J) Espaço Fluir e MOLIPDEC – Georreferenciamento – Oficina realizada na EMT em 29 de novembro de 2018;

(K) Avaliação do Módulo J e planejamento de atividades;

(L) Espaço Fluir e MOLIPDEC – Plano de Contingência – Oficina realizada na UFRJ e em evento Circuito Urbano 2019 realizado na UVA. Há previsão de a oficina ser realizada em dezembro de 2019 no IFF Maricá e no CPRM;

(M) Avaliação do Módulo L e planejamento de atividades;

(N) Espaço Fluir e MOLIPDEC – Jogos Educativos – 4 oficinas realizadas na EMT;

(O) Avaliação do Módulo N e planejamento de atividades;

(P) Espaço Fluir e MOLIPDEC – Minicurso sobre Educação para Redução dos Riscos e Desastres – Realizado na SEPDEC Maricá;

(Q) Avaliação do Módulo O e elaboração de novos módulos.

Nesta chamada de 2019, o tema da Campanha #AprenderParaPrevenir é “Reduzindo o risco de desastres: ações educativas em tempos de mudanças climáticas”. São descritas as atividades realizadas nos módulos (K), (L) e (N).

Módulo K – Avaliação do Módulo J e planejamento de atividades:

Este módulo corresponde à fase de avaliação das atividades realizadas no módulo anterior, que tratou de georreferenciamento, e ao planejamento do módulo seguinte.

Nesta fase foi definida a equipe executora para a oficina sobre plano de contingência, com prospecção de parceiros representantes da Defesa Civil de Maricá, da sociedade civil e especialistas (geografia, geologia, hidrologia e oceanografia) de diversas instituições (CPRM, UFRJ, UFF e IME). Procurou-se dar oportunidade a especialistas mulheres em alinhamento ao ODS 5 – Igualdade de Gênero (Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas), garantindo a participação plena e efetiva das mulheres especialistas e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão no processo deelaboração da oficina. A equipe executora é formada por 12 pessoas entre especialistas, alunos e munícipes (8 mulheres e 4 homens).

 Módulo L – Plano de Contingência

A oficina intitulada “PRÁTICA DE ELABORAÇÃO DE PLANO DE CONTINGÊNCIA – UMA IMPORTANTE FERRAMENTA NA GESTÃO DO RISCO DE DESASTRES” trata das seguintes etapas da elaboração do PLANCON (BRASIL, 2017): Percepção de risco: a decisão de construir um plano de contingência (Cenários de risco); Constituição de um grupo de trabalho (Instituições públicas; Iniciativa privada e Sociedade civil); Análise do cenário de risco e cadastro de capacidades (Descrição do(s) cenário(s) de risco e Cadastro de recursos); Definição de ações e procedimentos (Definição de ações, procedimentos e recursos; Definição de atribuições e responsáveis; Definição de mecanismos de coordenação e operação e Definição de condições de aprovação, divulgação e revisão do plano); Aprovação (Consulta pública; Audiência pública e Validação); Divulgação do plano de contingência; Operacionalização e Revisão.

A oficina é iniciada com um jogo chamado “Vai Rolar?” de FREITAS (2019), o qual propicia processo reflexivo sobre cenários e riscos associados aos mesmos. Foi, também, verificada a importância da tomada de decisão de construir colaborativamente um plano de contingência, na fase de preparação, para que na fase de resposta as ações sejam mais efetivas e, de fato reduzam o risco de ocorrência de desastre, em alinhamento ao ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis (Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis). Para a realização das atividades propostas na oficina são apresentadas, a seguir, as principais informações, as quais são baseadas em FREITAS (2018a).

Módulo N – Espaço Fluir e MOLIPDEC – Jogos Educativos :

O cenário de aumento de eventos extremos e da vulnerabilidade da população diante dos mesmos evidencia a necessidade de ações voltadas à geração de uma cultura de prevenção de riscos, principalmente para as crianças e jovens, que são um dos grupos mais afetados.

Nesse sentido, nesse módulo são utilizados diversos tipos de jogos como instrumentos educativos. Dentre estes foi utilizado um instrumento educacional e lúdico em forma de jogo de tabuleiro voltado à área de redução de riscos de desastres chamado ‘Cidade Resiliente’. O material busca disseminar conceitos sobre ameaças de origem hidrológicas e geológicas em conjunto com ações de prevenção, preparação, mitigação, resposta e recuperação às mesmas, além de estimular o diálogo, reflexão e construção de conhecimentos sobre o tema em questão.

Para isso, o jogo foi elaborado por meio de uma busca bibliográfica multidisciplinar, foi testado com grupo inicial e passou por revisões e atualizações até sua validação, a qual foi realizada em formato de oficina do projeto Espaço Fluir em escola pública no município do Rio de Janeiro. Após essas etapas, elaborou-se a versão final do material, a qual é apresentada no trabalho intitulado “JOGO CIDADE RESILIENTE: UM ESTUDO SOBRE APLICAÇÃO DE FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES EM AMBIENTES ESCOLARES”. (disponível em http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10029369.pdf).

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC. Brasília: Presidência da República, 2012. Lei Federal nº 12.608. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm>.

BRASIL. Instrução Normativa nº 2. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2016. 2. Disponível em: <http://www.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosDefesaCivil/ArquivosPDF/legislacao/Portaria-MI-2—2017–.pdf>.

BRASIL. Módulo de formação: elaboração de plano de contingência – livro base. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2017. Disponível em: <http://www.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosDefesaCivil/ArquivosPDF/publicacoes/II—Plano-de-Contingencia—Livro-Base.pdf>.

CEMADEN EDUCAÇÃO (2019). Guia da Campanha #AprenderParaPrevenir. Disponível em: <http://200.133.244.149/2019/?page_id=16>.

FREITAS, A. C. (2019). Jogo “VAI ROLAR?” – Proposta de atividade educativa na área de RRD para sensibilização de grupos intergeracionais. Artigo em elaboração.

FREITAS, A. C. (2018a). 2º Relatório Técnico –  Projeto MOLIPDEC – Modelo de Levantamento de Informações dos Órgãos Municipais d Proteção e Defesaa Civil.

FREITAS, A. C. (2018b). Prática de Elaboração de Plano de Contingência – Uma Importante Ferramenta na Gestão do Risco de Desastres OFICINA SIAC UFRJ.

FREITAS, A. C. (2014). Projeto Espaço Fluir. Ações educativas para redução dos riscos e dos desastres. Coordenação: Freitas, A.C. – UFRJ.

MOLIPDEC (2018). Projeto MOLIPDEC-RJ – Modelo de Levantamento de Informações dos Órgãos Municipais de Proteção e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro. Coordenação: Freitas, A.C.. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. De: 09/01/2018 a 29/12/2020. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/apoiados.php?projeto_id=294667> e  <http://sigproj.ufrj.br/projetos/imprimir.php?modalidade=0&projeto_id=286862&local=home&modo=1&original=1>

UFSC/CEPED. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais – 1991 a 2012. Volume Brasil. Florianópolis: Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, 2013.

 

13 comentários sobre “Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ

  1. Lauro Oliveira

    Professora, formidável. Isso que é fazer sair da caixinha.

    Essa é a materialidade daquilo que nós da ponta nos municípios precisamos que refletirá abundantemente nas comunidades e sociedades em risco e áreas vulneráveis. Utilizando parte do texto “concepção, planejamento e elaboração de atividades e instrumentos pedagógicos, na instalação de espaços lúdicos e na aplicação de oficinas”.

    Atualmente são poucos os municípios com este compromisso e com uma batida forte e crescente em trabalhar com esta seriedade com a transversalidade dentro das escolas pois lá será nossa maior semeadura e riqueza a médio e longo prazo.

    Triste ver muitos pedagogos sem ânimo e desestruturação do ensino de base com baixíssimos incentivos.

    Precisamos implantar essas políticas e ferramentas no bojo e na cultura do ensino de fundamental e médio.

    Parabéns pois somos agraciados com esta ação que trabalha de forma muito latente as premissas da ODS da UNU, Marco Regulatório de Sendai e comprindo a determinação da Lei Federal 12.608/12.

  2. Enzo

    Projetos incríveis !!! Enriquecimento científico e social ! Me tornou uma pessoa muito melhor. Uma honra ter participado.
    Parabéns a todos os envolvidos! Alessandra, obrigado por ser essa pessoa impar !

  3. Caetano Costa dos Santos

    Sensacional. Muito comprometimento e muita técnica envolvidos . Uma ótima iniciativa, meus parabéns a Alessandra por ser essa pessoa maravilhosa e a todos envolvidos numa busca de iniciativas de interação com a sociedade como essa !!
    Forte abraço e muito sucesso

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