UFRJ Departamento de Construção Civil – Espaço Ciência Viva – Rio de Janeiro/RJ

Desastres Associados a Movimentos de Massa
rata-se de um projeto de extensão universitária cujo objetivo do projeto é conceber, construir, instalar e aplicar uma oficina sobre o tema de desastres associados a deslizamentos de terra utilizando instrumentos pedagógicos lúdicos (maquetes, jogos e vídeos) e uma linguagem simples, que promova um campo de discussão e reflexão sobre o tema, sua disseminação e que incentive a participação da população nas ações de RRD e na sua gestão. A oficina é realizada no Espaço Ciência Viva, um museu de ciências (organização sem fins lucrativos) voltado para escolas e aberto a comunidade em geral. Os instrumentos pedagógicos devem abordar os seguintes subtemas: os mecanismos deflagradores dos deslizamentos, os fatores naturais e antropogênicos, os sinais de instabilização das encostas, as ações para a redução de risco, a dinâmica do processo de ocupação do solo e a construção social do risco. Por sua vez, o objetivo do trabalho educacional para redução de desastres é, por fim, fazer com que todos tenham uma visão holística dos riscos associados a deslizamentos e se vejam como agentes da transformação do ambiente onde vivem para a redução dos riscos.
Público envolvido: o público são os visitantes de dois tipos de eventos: o Sábado da Ciência e visitas de escolas. O Sábado da Ciência é um evento mensal (último sábado de cada mês) aberto a comunidade (gratuito) onde o museu apresenta diversas oficinas participativas sobre temas científicos diversos, tendo um público aproximado de 500 a 800 visitantes. O museu está localizado no bairro da Tijuca, região onde se tem uma grande quantidade de comunidades de baixa renda localizada em encostas e com histórico de desastres associados a movimentos de massa. O público envolve pessoas diferentes classes sociais, de diferentes faixas etárias, sendo principalmente crianças e jovens. 
Durante a semana as atividades do museu são voltadas para alunos de escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio que agendam previamente visitas ao museu. 
as atividades  se dividem em: concepção, construção, instalação e aplicação da oficina sobre desastres associados a deslizamentos. 
A atividade de ERRD propriamente dita é a realização da oficina usando maquetes e outros objetos sobre uma mesa e banners, se constituindo basicamente das seguintes partes que seguem uma ordem: 
a) discussão do conceito de deslizamentos, onde ocorrem, o conceito de desastre e a razão da exposição das pessoas – Para isso tem-se uma conversa com os visitantes e são apresentadas fotos. 
b) discussão sobre o mecanismo físico dos deslizamentos – São apresentados diferentes tipos de solo e numa maquete interativa de um talude em solo são abordados o efeito da inclinação da encosta, das ações antrópicas e da infiltração da água da chuva que contribuem para a ocorrência do deslizamento e suas consequências. 
c) discussão sobre sistema de alarme. Após se discutir sobre as diferentes formas de redução da situação de risco (uso de banners) é ressaltada a importância do sistema de alarme para a evacuação em situações de emergência quando é ensinado a construção de pluviômetro de garrafa PET. 
A apresentação das parte a, b e c da oficina é continua durante a visitação. 
Uma atividade opcional é, ao final, assistir um vídeo sobre de ERRD realizada numa comunidade de baixa renda com áreas suscetíveis a deslizamento que inclui falas dos moradores. 
o resultado do projeto é a construção de uma metodologia de ERRD voltada para desastres associados a deslizamentos, após a realização de diversas oficinas nas quais vem sendo experimentados diferentes instrumentos pedagógicos e formas de abordagem do tema com o público. 
Pode se considerar também como resultado a formação dos alunos extensionistas envolvidos na oficina sobre o tema de desastres associados a deslizamentos que é ainda pouco explorado nessa forma que integra os aspectos técnicos aos sociais.
o projeto coordenado pela UFRJ-Escola Politécnica é realizado em parceria com o Espaço Ciência Viva, uma instituição civil sem fins lucrativos que tem a finalidade de divulgação científica através de um museu de ciências participativo. O projeto é contínuo e, portanto, estará ativo nos anos seguintes.

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