Círculo das Bananeiras
Objetivos: promover discussão sobre uso das águas de forma sustentável uma vez que o recurso encontra-se extremamente comprometido no município.
Conhecer tratamento alternativo para águas cinzas, reaproveitamento de água tratada para limpeza e irrigação e óleo de cozinha;
Difundir o conhecimento na comunidade.
Público envolvido: alunos das séries iniciais do ensino fundamental (4° ano) e comunidade escolar e do entorno da escola, bem como alunos participantes de feiras de iniciação científica municipal.
Atividades realizadas: a escola e, especialmente a turma que é de responsabilidade da professora Susana, está envolvida no projeto de extensão junto da Universidade Feevale (Novo Hamburgo, RS) que atua na região onde a escola está inserida com práticas de Educação Ambiental no sentido de promover discussões sobre Desastres Sócio Ambientais. A área onde a escola está inserida faz parte de porções do município que foram mapeadas pelo CPRM como áreas de risco de desastres (deslizamentos e inundações). A escola faz parte de uma “mancha” de ocupação habitacional na sua maioria irregular e em encosta de morros (áreas de APP). A quase totalidade das casas do entorno da escola não conta com tratamento de água e esgoto e boa parte, está em áreas de declividade elevada, com alta probabilidade de deslizamento. Em 2011, houve deslizamento de uma área próxima culminando com o óbito de 3 crianças em idade escolar. Nesse sentido, o projeto tem realizado parcerias com escolas para tratar da percepção de risco de desastres, pois é bastante comum que os moradores e em especial as crianças, não reconheçam seu território como tal. Foram realizadas saídas de campo com o uso de mapas para que os alunos pudessem reconhecer as áreas mais propícias a desastres e identificar elementos relacionados a estes, e que foram escolhidos pelos alunos como importantes (esgoto a céu aberto, descarte irregular de lixo, ausência de árvores). Nas saídas de campo, os alunos marcaram no mapa estes indicadores para que fosse possível espacializar estas informações. A partir de um questionamento (“para onde vai o óleo de cozinha que é jogado no pia da cozinha?”), o projeto sobre o tratamento alternativo de águas cinzas foi elaborado pela professora Susana. Durante os 4 meses de trabalho foram discutidos temas como ciclo hidrológico e Bacias Hidrográficas, deságue dos rios do entorno da escola em Bacias Hidrográficas, ciclo das bananeiras e disponibilidade de água no planeta, bem como os principais riscos relativos à falta ou excesso de água na região. Em paralelo, a professora Susana conduziu em suas aulas atividades para elaboração de um protótipo de tratamento de águas cinzas. Os alunos estudaram formas alternativas de reuso de águas, uso de óleo de cozinha para produção de sabão (a fim de evitar que o mesmo seja dispensado na pia da cozinha) e a elaboração de protótipo de uma pia para discutirem para onde vai o óleo da cozinha quando dispensado na pia. O protótipo conta com uma maquete do círculo das bananeiras, metodologia escolhida para o tratamento das águas cinzas. Os alunos se envolveram em todas as etapas do projeto, inclusive na produção de maquetes individuais. A professora também propôs que os alunos utilizassem o óleo usado para a produção de sabão, a fim de fazer uso deste material e não descartá-lo na pia. A professora Susana elaborou oficinas onde os alunos puderam trazer óleo de casa e preparar sabão em barra e líquido. Este projeto foi apresentado na Feira de Iniciação Científica da Escola, sendo selecionado para a Feria de Iniciação Científica Municipal. O projeto será apresentado em disciplina do curso de Engenharia Civil (Projetos Hidrosanitários) da Universidade Feevale, em outubro de 2018. Essa atividade pretende promover discussão sobre métodos alternativos de tratamento de águas cinzas.
Resultados: o presente projeto permitiu o uso de diferentes metodologias para a elaboração dos materiais e discussão sobre o tema. Os alunos tiveram a oportunidade de apresentar seu projeto em diferentes eventos e para públicos diferentes (comunidade escolar, comunidade do entorno da escola e comunidade acadêmica).
Outras informações: o projeto conta com a parceria de projeto de extensão da Universidade Feevale. Pretendemos desenvolver projetos correlatos em 2019, onde seja possível envolver de forma efetiva a comunidade do entorno da escola.
